SER PAI
J. B. Oliveira
O que é ser pai?
Para muitos, nada além de gerar um filho.
Ora, gerar um ser com as próprias características físicas - em um processo biológico determinado pela natureza - não faz um Pai. Faz, no máximo, um genitor, um gerador. Nesse sentido, todo ser vivo de sexo masculino que sá origem a outro está no mesmo pé de igualdade.
Ser Pai, entretanto, é algo muito mais intenso, profundo e maravilhoso. É um apanágio do Homem, uma vez que só ele pode obter essa bênção! Dentre todas as criaturas de Deus, somente ele detém o dom mágico e extraordinário de transmitir, não apenas os genes da parecença física, mas - muito mais - de plasmar um ser à sua similitude espiritual, moral e ética, infundindo-lhe seu caráter e seus valores; seus ideais e seus anseios; suas aspirações, suas lutas, suas ideias e seus sonhos.
Criado, ele próprio, à imagem e semelhança do Grande Arquiteto do Universo, é nesse preciso momento que o Homem mais se identifica com Deus. Aqui também ele é criador, também cria um ser à sua "imagem e semelhança"!
Porém, a maior, a mais marcante diferença entre o genitor e o Pai é que para ser o primeiro bastam alguns momentos de ação. Para ser o segundo, entretanto, é mister toda uma vida de exemplificação.
Tão transcendental e nobre é a paternidade que Cristo, para figurar Deus e seu imenso amor por nós, comparou-o a um Pai e, assim, transmitiu a comovente Parábola do Filho Pródigo e a suave Oração do Pai Nosso.
Ser Pai é ser galardoado por Deus com a mais sublime bênção a que o Homem pode aspirar:
a bênção de ter um filho!