segunda-feira, 30 de junho de 2014

A NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO NA POLÍTICA

Parecem começar a soprar salutares e bem-vindos ares de RENOVAÇÃO NA POLÍTICA!
O senador José Sarney, ao decidir não se candidatar mais a cargos eletivos, dá (até que enfim) um bom exemplo para tantos outros desgastados políticos de muitas legislaturas...
Afinal, "Os políticos e as fraldas têm que ser trocados periodicamente, pelas mesmas razões"! Essa é de Queiroz (Eça de Queiroz).

Terminado o mês de junho, todos os partidos já realizaram suas convenções, transformando muitos pré-candidatos em alguns candidatos efetivos. Assisti a algumas convenções e pude constatar, com satisfação, que muitos são novos - na política e até mesmo na idade!

Nossos quadros políticos estão, em sua quase totalidade, ocupados  por pessoas e procedimentos políticos comprometidos, senão com a corrupção, ao menos com a acomodação, com a lassidão de costumes. Já não lhes causa espanto e menos ainda indignação tudo aquilo de errado, antiético, amoral ou imoral que transita abertamente pelas nossas casas de lei.

O legislativo que, por definição constitucional, presente no artigo 2° da Carta Magna, deveria ser independente e harmônico, diminui na prática essa bela assertiva retórica: pode ser até harmônico - às vezes, quando lhe interessa. Independente, porém, não! É, o mais das vezes, apenas um órgão submisso ao poder central, de cujas benesses e concessões - para si e para seus apaniguados - não pode abrir mão.E isso já foi para além de um hábito,convertendo-se em um vício.

Não basta, porém, "trocar seis por meia dúzia". Renovar apenas por renovar não leva a nenhuma solução. Faz lembrar a história de um rei que, desfilando pelas ruas de seu reino, ouvia de todos a frase "Morra o rei!". De todos, menos de uma velhinha, que insistia em clamar "Viva o rei!", "Viva o rei!". Impressionado, o monarca mandou chamá-la e lhe perguntou por que ela, e só ela, proferia aquela exclamação.
"É que sou muito velha e, quando jovem, o soberano era seu avô e eu gritava "Morra o rei!". Então ele morreu e o pai de Vossa Majestade passou a reinar, e foi pior que seu avô. E eu ainda gritava "Morra o rei!". Ele morreu e Vossa Majestade assumiu o trono... por isso agora eu clamo "Viva o rei!!!"

É indispensável, primeiro, que VOTEMOS. Quem não vota - ou anula seu voto - não tem autoridade moral para censurar os atos daqueles que se elegeram. Em segundo lugar, é fundamental que votemos com CONSCIÊNCIA, conhecendo a história de vida, o comportamento e as propostas do candidato.
Acima de tudo, porém, é necessário que SAIBAMOS EM QUEM VOTAMOS, que anotemos seu nome, sua plataforma de campanha para cobrarmos depois o cumprimento de suas promessas.

O eleitor costuma queixar-se dizendo que o político só se lembra dele na campanha. Mas o contrário também é verdade: o eleitor só se lembra do político na época da votação. Não são poucos os que  chegam a não saber em quem votaram! O último santinho que lhe veio à mão - ou que ele pegou no chão - é que recebeu seu voto: sua única e mais potente arma contra o descalabro político!

É que se frise: a renovação só será válida se em lugar de um político do mal, colocarmos uma pessoa do BEM!



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