Este dia 8 de julho - inesquecível especialmente para brasileiros e alemães...- já começou diferente.
Quando me levantei, como sempre, às 5 horas, vi que uma chuva fininha, miúda, praticamente garoa, caía sobre a Pauliceia Desvairada. Depois de muito tempo, precisei usar o guarda-chuvas.
Mais tarde, já no escritório - sim, eu fui trabalhar hoje - observava que o tempo continuava cinzento. Ou plúmbeo, se preferirem. Céu cor de cinza, sem sol, traz certo sentimento de nostálgica tristeza. Aliás, é por isso que não me dou muito bem com a velha Europa. Vem-me à mente, sempre, as palavras da canção de Paulo Diniz: "Cadê o meu sol dourado? Cadê as coisas do meu país?"
Pois bem, hoje eu estava no meu Brasil, mas sem o meu sol dourado! E, mais tarde, sem mais outras "coisas do meu país"...
Aí, bem, aí o jogo começou.
De início, a equipe brasileira pareceu estar no bom caminho: estava até com domínio de bola!
Mas a seguir começou uma desgraça "nunca antes vista na história deste país"... nem do mundo todo!
Um a zero; dois, três; quatro; cinco; seis; SETE incríveis e inaceitáveis gols da Alemanha contra, já no finalzinho, um - unzinho só - do Brasil!
Então, entre os perplexos, amargurados, humilhados torcedores brasileiros concentrados no vale do Anhangabaú, alguém mostrou um cartaz com a expressão "O SONHO ACABOU". Lembrei-me do filme de Sérgio Rezende, de 1982, que consagrou esta frase e que, além disso, marcou a estreia de atores como Lauro Corona, Miguel Falabela e Lucélia Santos...
O SONHO ACABOU?
Não! O ele teria acabado se o resultado do jogo tivesse sido 1 x 0; 2 x 1; 3 x 2, 3 x 1...
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Mas... com 7 x 0 o sonho não acabou: o sonho virou PESADELO!
Se John Lennon estivesse vivo diria que o sonho de o Brasil ser campeão daquela copa fatídica, acabara, sim, independente da quantidade de goles e do pesadelo sofrido.
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