segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O CORTEJO FÚNEBRE DO PREFEITO HADDAD!

Não, ele não morreu, Ainda.

Mas então, qual a razão desse título inusitado (ou, por alguns, ansiado...)?

Vamos à história. Fiquei em São Paulo neste fim de semana prolongado. A bem da verdade, apenas desci a Santos bem cedo, no sábado, para resolver algumas pendências por lá e voltei à Pauliceia Desvairada que, aliás, estava bem menos desvairada  do que quando Mário de Andrade usou o termo para dar nome a seu revolucionário livro.

Nesse período, eu e minha mulher andamos por São Paulo. Passamos por uma avenida Pacaembu vazia, tranquila, sonolenta até, com modernos e potentes carros se reprimindo a 50 quilômetros por hora! Passamos também pelas avenidas Sumaré, Marquês de São Vicente, Rio Branco e 9 de Julho, no mesmo pachorrento marasmo...

Foi então que, comparando mentalmente a agilidade que - há bem pouco tempo - se observava nessas vias, com o trânsito "slow motion" atual, pareceu-me estar acompanhando um deslocamento rumo ao cemitério... E como quem determinou essa insana e estúpida mudança foi o alcaide paulistano, seria o cortejo fúnebre do Haddad...

Aliás, essa atitude do prefeito tem dado o que falar! Entrevistando em meu programa pela WEB TV GERAÇÃO Z o vereador Andrea Matarazzo, em 22 de julho último, pedi sua opinião sobre o assunto. Transcrevo aqui sua resposta:

"Pra gente só não perder muito o bom humor, diria que o prefeito quer impor a São Paulo aquele seu ritmo, que é um ritmo de marcha lenta. Então ele quer pôr a cidade devagar, quase parando. Diria o seguinte: se o objetivo é reduzir acidentes, claro que a velocidade também tem a ver, mas você tem primeiro limites. Obviamente, levar em conta em que tipo de via você está trabalhando, você está querendo reduzir a velocidade". (link: mais.uol.com.br/view/15547961).

Até mesmo seu padrinho político e criador - Lula - fez chacota com o fato, recentemente, em uma reunião do PT em São Bernardo do Campo. Notando a ausência do afilhado, alfinetou:

"O Haddad tinha se comprometido a vir, mas não compareceu. Vai ver que ele está vindo a 50 km/h; não chegou ainda aqui em São Bernardo"...

O que, entretanto, mais me incomoda é o fato de a população desta que é uma das maiores metrópoles do mundo; que é a maior cidade da América do Sul; que é o centro econômico do país, ter atitude tão "vacum" em relação a uma medida tão canhestra, impopular e retrógrada!

Teremos de esperar até o fim do mandado para, então, participar do tal cortejo fúnebre  do Haddad?




9 comentários:

  1. Pior que isso, amigo JB. É que tem gente que concorda com o prefeito e defende o PT e suas arbitrárias atitudes com unhas e dentes. Não entendem que com esse autoritarismo suas liberdades estão sendo cerceadas... Temos de tirar esse partido e essa política do seio de nossa nação o mais rápido possível!

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    1. O mais grave nessa situação é que determinados danos que tais medidas causam são irreversíveis! O tempo perdido com essa pasmaceira - e "time is money" - não será recuperado... Imagine quanto prejuízo acumularemos até o fim dessa (indi) gestão!!!

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    2. O mais grave nessa situação é que determinados danos que tais medidas causam são irreversíveis! O tempo perdido com essa pasmaceira - e "time is money" - não será recuperado... Imagine quanto prejuízo acumularemos até o fim dessa (indi) gestão!!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. tem coisas que o haddad parece não saber e isso nos dá uma oportunidade de dar uma lição ao prefeito.
    ele tem o "poder" de reduzir os limites de velocidade, mas com isso ele também reduz outras limitações, por exemplo:
    1 - ele parece não saber que existe a velocidade mínima em qualquer via, e ela é a metade da máxima..já pensou se a cidade toda usasse esse direito que também é uma obrigação? todos a 25 km/h
    2- em caso de chuva, me parece que é só recomendação, deve-se reduzia a velocidade em um terço ou seja a velocidade máxima em caso de chuva passaria a 33 Km/h, ficando a mínima em 17 Km/h.
    e a í a cidade para.

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    1. Tchuga - vindo de um colega Controlador de Voo, essas ponderações não poderiam ser mais precisas e inteligentes! Por aí pode-se tirar uma destas conclusões: ou o prefeito erra sozinho ou tem péssima assessoria...Infelizmente - por qualquer das hipóteses - quem sofre as consequências somos nós!

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  4. O modelo de gestão do Prefeito(?) Hdadad é algo Malthusiano.
    O intelectual inglês Thomas Malthus prescreveu o controle populacional proibindo as relações entre casais!
    óbvio que haverá uma queda no índice de acidentes num trânsito que não flui! Ele acentua o caráter omisso na educação dos motoristas e na manutenção das vias públicas usando como pretexto ciclofaixas e limites de velocidade incabíveis numa cidade como São Paulo!
    Se a preocupação com a vida humana - nosso bem-jurídico fundamental - fosse o real pretexto na adoção de tais medidas o atual prefeito pensaria duas vezes antes de expor inocentes ciclistas a um trânsito selvagem como o de nossa cidade.

    Ele é um discípulo de Malthus

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