sábado, 25 de agosto de 2012

O molequinho chato, dono da bola!

Lá, nos tempos da infância, um dos passatempos favoritos da garotada masculina era o futebol!
Para mim, nem tanto. Eu era mais afeito à leitura. "Rato de biblioteca", cada folga que tinha era consumida com livros de Monteiro Lobato, Malba Tahan, Senhora Leandro Dupré e outros autores de obras infanto-juvenis. Ou mesmo com os gostosos e inocentes gibis de então.
Os demais garotos, porém, corriam para os campinhos improvisados e dá-lhe futebol!
Normalmente havia um, entre todos, que tinha o privilégio de possuir o bem mais valioso: A BOLA!
Era, portanto, além de dono da bola, dono do jogo: escolhia os que iam jogar, com quem e contra quem jogar, as posições, lados de campo e por aí afora...
Dificilmente era um "escurinho": pretinho ou mulato. Era sempre um branquinho...
Quando, por qualquer razão, era contrariado, punha a bola de baixo do braço e ameaça ir para casa... Era o caos! O perigo iminente do fim da brincadeira!
Pois é, nesta semana, alguém disse que se as coisas no julgamento dos réus do Mensalão (que, dizem, NÃO EXISTIU...) não andassem como ele - Revisor, "dono da bola" - queria, isto é, que lhe fosse concedida a tréplica sobre a réplica do ministro Relator Joaquim Barbosa, ele iria embora...!
Não sei porque, mas lembrei-me do molequinho chato dono da bola, de meus tempos de infância.
Só que lá era uma brincadeira. Tratava-se de uma bola (aqui, ao que parece, são muitas "bolas"!). Éramos todos crianças. E ele - o pivô de nosso caso - era apenas um moleque!
Mas que dá para estabelecer relações de comparação, isso dá.
Até porque o senhor ministro Relator é "a bola da vez"!

Nenhum comentário:

Postar um comentário