domingo, 19 de agosto de 2012

Tomada. Pior que a da Bastilha, só a de Brasília!

Em 1789, o dia 14 de julho assinalou a Tomada da Bastilha, fato que deu início ao período de terror que se instalou na França. Foi a revolta da plebe, que sofria havia séculos privações, miséria e humilhação. Dá uma ideia dessa situação, a  frase que teria sido proferida Maria Antonieta (1755 - 1792) quando lhe disseram que o povo não tinha pão para comer: "Que comam brioches"!
E o que tem isso a ver com Brasília?
Bem, cá - na "ilha da fantasia" - a bastilha continua firme. Embora tenha sido erguido um cadafalso (no nosso caso, mais para falso), para levar à guilhotina (instaurada, na França, por sugestão do médico Joseph-Ignace Guillotin) alguns "nobres" envolvidos até o pescoço no mensalão.
Mas não é sobre mensalão que vou falar. Até porque, segundo os referidos envolvidos, ele nunca existiu...!
O tema é a TOMADA DE BRASÍLIA!
Aproximam-se momentos em que teremos, no Brasil, notáveis eventos de natureza mundial: a Copa das Confederações em 2013; a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Para aqui, virão pessoas de todas as partes da terra. E trarão suas parafernálias elétricas e eletrônicas, para conectá-las à nossa fonte elétrica... e as tomadas que encontrarão serão unicamente aquelas coisinhas horrorosas de três pinos, determinadas por Brasília!
Unicamente, mesmo, porque são ÚNICAS no planeta!
Usam-se hoje, na face da terra, sete outros padrões de tomada: o modelo australiano, usado em 15 países; o paquistanês, em 39; o inglês, em 41; o americano, em 46; o europeu, em 104, e também o chamado padrão universal, adotado pela maioria.
E então, tchan, tchan, tchan, tchan! como diria Camões: "um novo valor mais alto se alevanta": o extraordinário, admirável, maravilhoso, inigualável e inovador padrão brasileiro de três pinos!
Os estrangeiros poderão trazer os adaptadores que quiserem - e que usam em outras plagas - que isso, aqui, de nada lhes valerá . Terão que comprar os nossos... ou fazer gambiarra!
Cá entre nós, isso nos remete a um passado não muito distante em que Brasília impôs a todos que tivessem carro, o magnífico e indispensável "kit de primeiros socorros", sob pena de pesadas sanções? Por falar nisso, por onde anda ele agora?
Pois é, se na Tomada da Bastilha muitas cabeças rolaram, aqui, na Tomada de Brasília, muitas cabeças enrolarão! Quem viver, verá!



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