William Gray Walter (1910 - 1977), neurofisiologista britânico, foi pioneiro no campo da cibernética, tendo introduzido melhorias no EEG - Eletroencefalograma inventado por Hans Berger, além de ter desenvolvido a primeira máquina de topografia do cérebro. Contudo, seu trabalho mais famoso foi a construção de alguns dos primeiros robôs eletrônicos autônomos.
Nos idos de 1940, ele afirmou que se a ciência tentasse construir uma máquina elétrica comparável ao cérebro, seriam necessários mais de três quatrilhões de dólares (...) Além disso, seria necessário um bilhão de watts para fazê-la funcionar - o suficiente para iluminar várias cidades. Entretanto, a despeito do custo e consumo de energia, tal máquina não poderia superar o cérebro humano!
Daquela época para cá, as coisas mudaram radicalmente. O pós II Guerra Mundial trouxe - talvez para compensar as desgraças e flagelos do mais terrível conflito bélico da humanidade - um extraordinário avanço no mundo científico. Novos campos e ramos das ciências surgiram e se desenvolveram com rapidez meteórica. O domínio da energia atômica; a invenção da propulsão a jato; a criação dos satélites artificiais etc. O desenvolvimento da eletrônica, da biônica, da mecatrônica e de tantos outros segmentos cientifico-tecnológicos e, em especial, das neurociências mudou para sempre a face do mundo.
Os avanços nessa última área possibilitaram o mapeamento maior e melhor do "computador humano": o cérebro. Por sinal, logo que chegou por aqui, esse equipamento era chamado de "cérebro eletrônico"...
No passado não muito remoto, estudavam-se cérebros de pessoas mortas, em geral soldados. Portanto, além de serem cérebros mortos eram também exclusivamente masculinos... O campo de estudos e pesquisas resumia-se a um pouco de massa cinzenta sem vida, sem movimento e sem reação.
Em nossos dias, equipamentos e processos altamente sofisticados, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e tratografia permitem o estudo do cérebro de pessoas vivas - homens e mulheres - em pleno funcionamento. As descobertas e surpresas têm sido notáveis. Entre elas, a de que cérebros masculino e feminino funcionam de forma diferente! Por que razão?
Porque, assim como no computador, o mais importante não é o equipamento - o hardware - mas o programa que o faz funcionar - o software! E ninguém duvida de que o programa masculino é totalmente distinto do feminino...!
Há, hoje, uma área específica que estuda e explica o funcionamento do software do cérebro humano. Responde pelo nome de PNL - Programação Neurolinguística!
Foi desenvolvida a partir dos anos 1970, por dois pesquisadores da UCLA - Universidade da Califórnia: John Grinder, psicólogo e linguista e Richard Bandler, com formação em física, computação, programação de sistemas, linguagem computacional e matemática.
Assim definem a PNL: "Um conjunto de modelos e princípios que descrevem a relação entre a mente (neuro) e a linguagem (linguística verbal e não verbal) e como sua interação pode ser organizada (programação) para afetar a mente, o corpo ou o comportamento do indivíduo".
De minha parte, prefiro simplesmente dizer que "Programação Neurolinguística é o software que podemos usar (se quisermos) para fazer funcionar, com excelência, o computador humano: o cérebro". O melhor resultado não é obtido por um excelente computador com um programa ruim, mas sim aquele que resulta de um computador até rudimentar, mas equipado com um excelente programa!
Mediante a aplicação de recursos da PNL, podemos programar nosso cérebro para - através da observação de postura, gestos, tom de voz, movimento dos olhos etc. - captar a linguagem não falada de nosso interlocutor, entendo-o melhor e fazendo igualmente com que ele nos entenda e nos aceite melhor!
Como em qualquer hardware, o que faz a diferença é o software!
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